Câncer: preconceito masculino ainda é o maior desafio do Novembro Azul

O preconceito masculino ainda é um dos maiores obstáculos para campanhas públicas de saúde voltadas para homens. Segundo enfermeiros da cidade, a baixa procura pela iniciativas como a do Novembro Azul, por exemplo, se dá por tabus enraizados culturalmente no meio masculino.
“O Novembro Azul sucede a campanha do Outubro Rosa e é nítida a percepção de que as mulheres cuidam melhor da própria saúde. O homem tem mais resistência, principalmente quando se lida com exames que envolvem a saúde do pênis, da próstata e do sistema reprodutor masculino como um todo”, disse a enfermeira diretora do SAMS, Kátia Pires.
No Brasil, o câncer de próstata é responsável por quase 29% das mortes de homens que desenvolvem neoplasias malignas. A mortalidade poderia ser diminuída com diagnósticos precoces e exames preventivos; como a do toque retal, de acordo com a necessidade clínica observada por critérios médicos.
“Tenho certeza que, só de ler ‘exame de toque’, certamente haverá homens que se sentirão desconfortáveis. E tudo isso pela simples razão de que, boa parte dos homens, remete esse exame a uma questão de masculinidade. E esse é mais um dos tabus que precisam ser quebrados”, salientou a enfermeira Queila Pavani, gestora executiva do SAMS.
A falta do diagnóstico precoce agrava a situação em caso de câncer de próstata. Quando descoberta no início, as chances de cura são de 95%.
Novembro Azul envolve mais que a próstata
Em Ibitinga, o Novembro Azul oferece outros exames: hepatite, HIV, glicemia. O objetivo do SAMS é aproveitar a campanha para um checkup completo no homem moderno, ao promover consultas e encaminhamentos. Para participar, basta procurar qualquer posto de saúde da cidade.